A indicação do Banco Central do Brasil para uma boa educação financeira é a de não ter dívidas, e principalmente, não gastar mais do que você ganha.
Tendo dívidas, o total delas, para não comprometer seus outros compromissos financeiros, não pode exceder 30% de sua renda líquida mensal.
Este limite de 30% é calculado para conceder um crédito pessoal, um empréstimo consignado, um financiamento de imóveis. Mas cuidado, este limite não é levado em conta para a concessão de cheque especial e de cartão de crédito.
Como não se endividar
Primeiramente, tenha planejamento financeiro. Saiba exatamente quais são seus gastos com aluguel, conta de luz e água, condomínio, alimentação, educação, vestuário e lazer.
Dentro do planejamento financeiro, se possível, faça uma poupança, para poder ter dinheiro em caso de imprevistos. E outra poupança, caso queira planejar a aquisição de um imóvel ou de veículos.
Como planejar as dívidas existentes
Tenha sempre em mãos as suas contas mensais. Corte despesas supérfluas e tente manter o controle de não gastar mais de 30% de sua renda com prestações de crédito.
O planejamento de dívidas existentes tem vários passos, que devem ser seguidos à risca para melhorar a sua situação financeira.
- O primeiro passo é saber realmente o quanto você ganha por mês
Se você é um profissional autônomo ou empresário, e depende de renda variável, tenha o planejamento considerando a média mensal dos últimos 12 meses.
Se você é trabalhador ou servidor público, considere a renda efetivamente recebida, já descontados os impostos e demais taxas que você deve pagar.
Se no momento você está desempregado, considere as suas reservas financeiras atuais, e neste caso, o seu planejamento deve ser específico.
Sabendo o quanto você ganha, fica mais fácil saber o quanto você gasta.
- O segundo passo é saber de fato o quanto você gasta.
Some todas as suas despesas mensais, com aluguel ou financiamento imobiliário, com as despesas do dia a dia de alimentação e vestuário, com as despesas escolares, de saúde, com as contas de luz, água, telefone, internet; com impostos e taxas, e com a parcela que você destina a lazer e diversão.
Além destas, some todas as despesas que você já possui com parcelas mensais de crédito pessoal, de refinanciamento de veículo ou imóvel, de empréstimo consignado, de parcelas de compras a prazo no cartão de crédito.
Saber o quanto você ganha e o quanto você gasta já ajuda muito a planejar a quitação de suas dívidas.
- O terceiro passo é saber o quanto você tem acumulado em bens.
Você deve ter uma noção exata de qual é o valor de mercado de sua casa, se for casa própria. Se você possui mais de um imóvel, adiante neste artigo e em outros aqui no NValores iremos te indicar melhores soluções para quitação de suas dívidas. Qual é o valor de mercado de seu veículo. O quanto você tem disponível em poupança ou em conta corrente. O quanto você tem em ações. Ou em depósitos de FGTS, se for trabalhador com carteira assinada.
Sabendo o quanto você tem, fica mais fácil saber como planejar sua vida financeira.
Como sei se preciso refinanciar minhas dívidas.
- O quarto passo para poder planejar a quitação de suas dívidas é saber o quanto você não tem. Ou melhor, o quanto você tem de dívidas.
Procure o NValores para uma melhor assessoria financeira, e poderemos planejar e indicar o melhor crédito para quitar suas dívidas mais caras.
As informações que você precisa basicamente são:
1 – O tipo de dívida (cheque especial, cartão de crédito, empréstimo consignado, financiamento ou refinanciamento de veículo ou imóvel, hipoteca, crédito pessoal, notas promissórias, parcelas de compras a prazo)
2 – O prazo restante de suas dívidas. Em meses. Assim fica mais fácil fazer as contas. Por exemplo, faltando 300 parcelas para um financiamento imobiliário, 60 parcelas de crédito consignado, 20 parcelas de refinanciamento pessoal, 3 parcelas de uma compra de uma roupa a vir no cartão de crédito)
3 – A quantidade mensal de renda comprometida com as dívidas, em reais e em porcentagem. Por exemplo, 10% da renda mensal líquida, correspondentes a 200 reais, em financiamento de veículo.
4 – A taxa de juros. O financiamento de casa própria tem a menor taxa de juros do mercado, para pessoa física, a partir de 0,8% ao mês. O cartão de crédito, por outro lado, tem juros de até 18% ao mês. A dívida simplesmente dobra a cada seis meses.
4 – O saldo devedor. Em todos os financiamentos com juros, o saldo devedor é bem menor do que a simples conta “parcelas a vencer x valor unitário da parcela”. As instituições financeiras são obrigadas a informar o saldo devedor atualizado de sua dívida para você. Assim fica mais fácil saber qual dívida será paga, quando e como.
5 – O prazo final de suas dívidas. Por exemplo, em março de 2017 eu termino o meu financiamento de veículo. Assim, em abril, vou ter 200 reais a mais.
Qual dívida pagar primeiro?
Sabendo todas as informações, você saberá melhor como e quando pagar suas dívidas.
Pague suas dívidas em ordem de preferência.
Para saber exatamente a ordem de preferência de quitação de suas dívidas, consulte o NValores. Cada caso é um caso. Isso depende de quanto você pode pagar, quais são suas dívidas, qual é o seu comprometimento mensal. Estamos à sua disposição para oferecer a melhor alternativa.
Aqui vão algumas dicas para você saber qual dívida pagar primeiro, e como quitar suas dívidas.
- 1 – Dívidas de maior comprometimento mensal. Para estas dívidas, tenha em mãos o saldo devedor e a taxa de juros. Se você tem como quitar parcelas antecipadamente, faça isso. Se você possui um veículo e ele não é fundamental para sua vida, você pode pensar em vendê-lo. Quando sua vida financeira estiver melhor você poderá até comprar um carro mais novo. Se você possui imóvel, pense em fazer um refinanciamento imobiliário para substituir o comprometimento mensal por um menor, e com taxas de juros melhores.
- 2 – Cheque especial e Cartão de Crédito. Se possível, nunca entre no cheque especial, e nunca deixe de pagar o valor total da sua fatura de cartão de crédito. As taxas de juros são as maiores do mercado. Não compensa usar o cartão de crédito para pagar contas mensais como luz e água. Não compensa usar o cheque especial para quitar uma parcela de veículo. Se a sua vida financeira está na situação de escolher qual dívida pagar e qual dívida arrolar, nunca arrole a dívida do cheque especial e do cartão de crédito.
- 3 – Substitua dívidas de juros maiores. No caso do cheque especial, você pode procurar a instituição financeira para fazer um refinanciamento. Parcelar o cheque especial, e principalmente, deixar de contar com ele. Isto interromperá a cobrança abusiva de juros de até 18% ao mês, substituindo por um crédito de 4% ao mês com data de validade.
- 4 – Não parcele o cartão de crédito e não pague o valor mínimo de fatura. Se você acumulou dívidas no cartão de crédito, não use a opção dada pela administradora para parcelamento. Ela possui taxa de juros, IOF, multas e demais acréscimos abusivos. Se necessário, contrate separadamente um crédito pessoal ou empréstimo consignado junto ao banco onde recebe seu salário, para fazer a quitação da dívida do cartão de crédito.
- 5 – Unifique todas as suas dívidas. Se você possui várias dívidas, com várias instituições financeiras, tenha tudo na ponta do lápis. Além de economizar em juros e multas, se você trocar todas as suas dívidas por apenas uma, terá apenas uma parcela a pagar, um saldo devedor a calcular.
- 6 – Quite as últimas parcelas. Se você possui um crédito pessoal, empréstimo consignado, financiamento de veículo, ou outro tipo de empréstimo parcelado, verifique com seu banco a possibilidade de pagar as últimas parcelas. Isto ajuda, pois quando você calcula o valor das parcelas, para quitação antecipada elas são isentas de juros e taxas de financiamento.
- 7 – Quite duas parcelas em um mês. Isso funciona muito bem em financiamento de veículos com carnê. Procure a instituição financeira. Se você conseguiu se planejar para ter um dinheiro de sobra, pague a parcela do mês junto com a última parcela do financiamento. Isto irá reduzir o prazo de financiamento, e você economizará no final.
- 8 – Use qualquer dinheiro extra para quitar dívidas. Se você recebeu um presente em dinheiro, uma restituição de imposto de renda, um pagamento por um serviço extra, ou qualquer outro recurso financeiro que não esperava, utilize este recurso para quitar dívidas atrasadas. Se suas dívidas não estão atrasadas, use para quitar parte do saldo devedor, preferindo as últimas parcelas, pelo desconto maior.
Meu orçamento mensal ultrapassa o meu salário, e adquiro novas dívidas para pagar antigas. Como faço?
A análise financeira considera que uma pessoa está super-endividada quando ela compromete mais de 30% de sua renda líquida com dívidas. Neste caso, o melhor a se fazer é
- 1 – Refinanciar seus bens. Se você possui uma casa, refinancie. Você terá um crédito longo, com parcelas menores, e taxas de juros menores para quitar suas dívidas. Se você possui um veículo, verifique as taxas de juros e o prazo do refinanciamento, para saber se compensa trocar uma dívida por outra.
- 2 – Venda seus bens. Se você possui um veículo, e não consegue mais pagar as dívidas, venda o veículo. Além de poder quitar as dívidas pendentes, poderá também economizar, já que não terá despesas com manutenção do carro. Mas atenção, se você depende do veículo para trabalhar, talvez a opção seja trocar de veículo, ou fazer o refinanciamento, também chamado “troca com troco”.
- 3 – Consiga renda extra. Esta é uma opção muito difícil, principalmente para quem mora em grandes cidades e trabalha muito, depende de trânsito e outras coisas. Mas, se você já não está conseguindo segurar as pontas do lado das despesas, deve pensar em uma solução do lado da receita. Um trabalho em casa, através da internet, um trabalho em fim de semana, ou algum outro tipo de solução pode ser pensado para aliviar sua situação financeira.
- 4 – Escolha qual dívida pagar. Cancele o cartão de crédito, para que os juros deixem de ser cobrados. Espere a instituição financeira oferecer algum tipo de renegociação, como por exemplo na campanha “Feirão Limpar meu Nome” promovida pelo SERASA. Assim, você terá oportunidade de rediscutir as taxas de juros, ganhar desconto e quitar suas dívidas.
- 5 – Mude o padrão de vida. Reduza as despesas supérfluas. Economize na conta de luz, água, telefone e internet. Tente reduzir a alimentação fora de casa, que custa mais caro. Verifique a real necessidade, por exemplo, de ter uma TV por assinatura. Substitua os passeios em cinema e shopping por passeios gratuitos, como eventos culturais oferecidos em praças públicas, por exemplo.
- 6 – Consiga um emprego melhor. Se essa nem é sua situação, talvez seja hora de mudar mesmo de vida. Conseguir um emprego que pague mais. Começar a estudar para um concurso público que pague um salário melhor. Se a situação chegou ao descontrole total, é melhor mesmo mudar de vida.
- 7 – Consiga ajuda profissional. Verifique a possibilidade de conseguir ajuda de um consultor financeiro, para fazer seu planejamento familiar. Mesmo na internet, você consegue dicas. O NValores possui diversos artigos sobre planejamento de dívidas, e podemos te ajuda neste sentido.
Como conseguir ajuda para quitar minhas dívidas
Primeiramente, procure o NValores. Verifique os passos citados e a nossa consultoria online irá indicar a melhor solução. Temos contato com diversos bancos e instituições financeiras.
Procure também a ajuda de sua família. Exponha a sua situação atual, e verifique como eles podem te ajudar.
Procure a instituição bancária onde está o seu salário, e as instituições bancárias onde estão suas dívidas. Se você realmente não precisa, não é muito bom ter conta em mais de um banco, isso dificulta o planejamento financeiro mensal.
Enfim, sabendo quanto ganha e quanto gasta, é mais fácil quitar suas dívidas e realizar seus objetivos!