Comprar casa sem recorrer ao crédito é quase uma miragem para a maioria dos brasileiros, por isso é muito importante perceber como funciona o financiamento de imóveis.
No Brasil, quem pretende adquirir sua própria habitação tem duas possibilidades: o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) ou o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). Quais são as diferentes entre esses dois sistemas, pergunta você.
O SFH tem como principal objetivo auxiliar quem o segmento de baixa renda. Já o SFI existe para dotar as classes com maior poder de compra de uma maior capacidade para adquirirem seu próprio imóvel.
O SFH foi criado pela Lei º 9.514 e entrou em vigor em novembro de 1997, trazendo para o setor de financiamento imobiliário todo um novo sistema de crédito.
Caraterísticas do financiamento imobiliário Brasileiro
Quem pretenda saber como funciona um financiamento imobiliário precisa de decorar nomes siglas como FGTS e FAT, que são elementos fundamentais de todo o processo de financiamento.
Passamos a explicar:
O principal financiador do segmento imobiliário é a Caixa Econômica Federal, a qual usa recursos especialmente criados para esse fim. Os principais recursos da Caixa Econômica Federal para esse fim são: o Orçamento Geral da União, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Existem ainda recursos que a CEF pode canalizar para financiar a aquisição de uma habitação como Letras Hipotecárias ou os depósitos de poupança.
Para os financiamentos inseridos no SHF, as operações devem seguir determinadas regras:
- O limite superior do valor unitário de cada financiamento é de R$ 450.000,00:
- O valor de avaliação do imóvel alvo de financiamento não pode ultrapassar os
R$ 500.000,00:
- O custo máximo do financiamento não pode exceder 12% ao ano (incluindo juros e outros encargos financeiros).
Existe ainda outra alternativa de financiamento de imóveis, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) no qual não existe limite de renda. Outra diferença relevante entre um financiamento concedido no âmbito do SFH e um financiamento SBPE é que nesse último as taxas de juros podem ultrapassar os 12% ao ano.
Principais riscos
O principal risco associado aos sistemas de financiamento de imóveis existentes no Brasil é a liquidez, uma vez que os empréstimos são concedidos a longo prazo e a captação de recursos é de curto prazo.
Contudo, é necessário frisar que a maior estabilidade dos depósitos fez com que o risco de liquidez não seja hoje um problema tão grave.
Por outro lado, as oscilações dos juros poderiam ser um grande risco, mas a aplicação de taxas permite contornar esse risco potencial.
Como é feita a avaliação de imóvel
Para saber como funciona o financiamento de imóveis também precisa de saber como se processa a avaliação do imóvel.
Essa avaliação é realizada pelo banco, recorrendo a um engenheiro, arquiteto ou empresa especializada e tem o objetivo de confirmar o valor do imóvel que será sujeito a financiamento.
Após a avaliação do imóvel se seguirá a parte burocrática, com o tratamento de toda a documentação necessária.